quinta-feira, setembro 29, 2005

Cartas

Relendo cartinhas esses dias. Interessante. Numa delas estava escrito algo que define bem o que eu gostaria de dizer:
Voltando à história das cartas. Parece que quando a gente relê, percebe algo mais, as entrelinhas; a noção de continuidade e temporalidade fica mais acesa.
Bingo! A gente percebe também que alguns medos cruelmente concretizaram-se. Buuuuuh!

domingo, setembro 25, 2005

The End

... e a princesa perdeu a majestade. Voltou a ser o que sempre foi: borralheira.

quarta-feira, setembro 21, 2005

Sonhos

Notara que seus sonhos eram sempre interrompidos. Sempre que os tinha, daquele tipo, o propósito da história nunca era completo. Não alcançava seu objetivo. O mais simples acontecimento era impedido por milhões de pequenas circunstâncias que atrasavam a trama e, violentamente, arrancavam-na do final esperado. Bruscamente, seus sonhos não tinham finais. Se fossem finais exagerados, altivos demais... Mas não. Eram finais comuns, embora especiais. Especiais pra ela, mas comuns a qualquer outro. Nada mais que cenas do cotidiano. E não alcançava-os. Em seus próprios sonhos, sonhava com os finais, almejava-os e imaginava-os, mas nunca chegava neles.
Ironia ou não, sua vida era igualzinha. Seus sonhos nada mais eram que a visão da realidade.
Ficara perplexa com tamanha constatação. Será que nem em sonhos poderia viver o final feliz? Não, não era um final de contos de fadas. Era o simples e cotidiano final, comum a qualquer um. Menos a ela. A mais simples cena do cotidiano não fora vivida nem mesmo em sonhos. Tristes sonhos sem fim.

domingo, setembro 18, 2005

Ei, quem é você? O que você fez com ele? É você mesmo? Não, não pode ser. Parece... mas não sei... por fora é igualzinho. Mas... não, não é você. Cadê? Me diga logo onde ele está! Hã? O que? Ele se foi? Que pena... Você não é ele. E ele não é você. Você é um estranho pra mim.

quinta-feira, setembro 15, 2005

O riso da insensibilidade

Tudo era motivo de riso. Até as coisas que não tinham a menor graça. Não, não. Não é que estava alegre, sempre. Era um riso inconveniente. Ria, ria, ria. Ria aquele sorrisinho de quem não tem o que dizer. Ria pra esconder o que?

terça-feira, setembro 13, 2005

quarta-feira, setembro 07, 2005

Avesso

Queria dizer, mas não podia. Poderia dizer pra qualquer um, com naturalidade, menos pra ele. Continha-se. Era necessário. E pensava. Pensava se poderia acontecer o mesmo do outro lado. Se os agrados que não eram poupados à grande maioria o seriam propositadamente a ela. Talvez sim. Talvez não. Talvez não. Talvez não. Talvez não significasse nada, mesmo. Talvez não houvesse razão pra qualquer agrado.