Desgraças natalinas
Se você pensa que entre as vantagens de ser funcionário público está o fato de ganhar brindes e presentinhos no final do ano, engana-se. Aliás, eu constatei que isso não é fato, pelo menos pra mim. Meu departamento já é esquecido em situações normais, somos sempre os últimos em tudo, quando não somos excluídos das coisas boas. No ano passado, a empresa que fornece um software para a Prefeitura, distribuiu agendas para todos os departamentos, menos para o nosso, alegando que não usávamos o tal programa. Tá legal, que seja justo. Mas neste ano estamos usando o programa, e cadê a agenda? Bem, ontem ficamos sabendo, por acaso, que a empresa já distribuiu as agendas em outubro. E a nossa, cadê? Nem calendário nós ganhamos. Sério, não tenho calendário de 2007 na minha mesa!
Agora, analisando o prestígio de cada funcionário da minha sala, eu fico por último, mais uma vez. O Borba ganhou hoje um jogo de canetas (uma delas é tinteiro), super chic, de uma empresa que prestou um serviço para a Prefeitura. O fiscal de obras também ganhou um presentinho, mas não sei o que é. O Kau ganhou uma cesta de natal da Usina da cidade. Uau!! E eu, como lido com o povão, só sirvo pra agilizar aprovação de projetos de quem está com pressa (também agilizo pra quem não está com pressa, não enrolo ninguém!) e depois que a pessoa tem o que quer, nem se lembra da coitada, aqui. Não estou querendo ser bajulada, não. Mas é chato perceber que ninguém reconhece o seu trabalho e sua boa vontade em inúmeras ocasiões.
Pelo jeito vou ter que comprar agenda e calendário do próximo ano. Eu e o Juliano, porque, pelo que vi, foi o único além de mim que não ganhou qualquer brindezinho. Acho que isso é mal de arquiteto.
E hohoho! Hunf!!
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