Cartas
Relendo cartinhas esses dias. Interessante. Numa delas estava escrito algo que define bem o que eu gostaria de dizer:
Voltando à história das cartas. Parece que quando a gente relê, percebe algo mais, as entrelinhas; a noção de continuidade e temporalidade fica mais acesa.
Bingo! A gente percebe também que alguns medos cruelmente concretizaram-se. Buuuuuh!
Sensações, sorrisos, lágrimas, lembranças, momentos, detalhes, observações... palavras.
quinta-feira, setembro 29, 2005
domingo, setembro 25, 2005
quarta-feira, setembro 21, 2005
Sonhos
Notara que seus sonhos eram sempre interrompidos. Sempre que os tinha, daquele tipo, o propósito da história nunca era completo. Não alcançava seu objetivo. O mais simples acontecimento era impedido por milhões de pequenas circunstâncias que atrasavam a trama e, violentamente, arrancavam-na do final esperado. Bruscamente, seus sonhos não tinham finais. Se fossem finais exagerados, altivos demais... Mas não. Eram finais comuns, embora especiais. Especiais pra ela, mas comuns a qualquer outro. Nada mais que cenas do cotidiano. E não alcançava-os. Em seus próprios sonhos, sonhava com os finais, almejava-os e imaginava-os, mas nunca chegava neles.
Ironia ou não, sua vida era igualzinha. Seus sonhos nada mais eram que a visão da realidade.
Ficara perplexa com tamanha constatação. Será que nem em sonhos poderia viver o final feliz? Não, não era um final de contos de fadas. Era o simples e cotidiano final, comum a qualquer um. Menos a ela. A mais simples cena do cotidiano não fora vivida nem mesmo em sonhos. Tristes sonhos sem fim.
Notara que seus sonhos eram sempre interrompidos. Sempre que os tinha, daquele tipo, o propósito da história nunca era completo. Não alcançava seu objetivo. O mais simples acontecimento era impedido por milhões de pequenas circunstâncias que atrasavam a trama e, violentamente, arrancavam-na do final esperado. Bruscamente, seus sonhos não tinham finais. Se fossem finais exagerados, altivos demais... Mas não. Eram finais comuns, embora especiais. Especiais pra ela, mas comuns a qualquer outro. Nada mais que cenas do cotidiano. E não alcançava-os. Em seus próprios sonhos, sonhava com os finais, almejava-os e imaginava-os, mas nunca chegava neles.
Ironia ou não, sua vida era igualzinha. Seus sonhos nada mais eram que a visão da realidade.
Ficara perplexa com tamanha constatação. Será que nem em sonhos poderia viver o final feliz? Não, não era um final de contos de fadas. Era o simples e cotidiano final, comum a qualquer um. Menos a ela. A mais simples cena do cotidiano não fora vivida nem mesmo em sonhos. Tristes sonhos sem fim.
domingo, setembro 18, 2005
quinta-feira, setembro 15, 2005
terça-feira, setembro 13, 2005
quarta-feira, setembro 07, 2005
Avesso
Queria dizer, mas não podia. Poderia dizer pra qualquer um, com naturalidade, menos pra ele. Continha-se. Era necessário. E pensava. Pensava se poderia acontecer o mesmo do outro lado. Se os agrados que não eram poupados à grande maioria o seriam propositadamente a ela. Talvez sim. Talvez não. Talvez não. Talvez não. Talvez não significasse nada, mesmo. Talvez não houvesse razão pra qualquer agrado.
Queria dizer, mas não podia. Poderia dizer pra qualquer um, com naturalidade, menos pra ele. Continha-se. Era necessário. E pensava. Pensava se poderia acontecer o mesmo do outro lado. Se os agrados que não eram poupados à grande maioria o seriam propositadamente a ela. Talvez sim. Talvez não. Talvez não. Talvez não. Talvez não significasse nada, mesmo. Talvez não houvesse razão pra qualquer agrado.
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