quinta-feira, setembro 21, 2006

Das terras distantes

Sempre foi um bom rapaz. Calmo, tranquilo, gostava da paz. Não sabia dizer "não" e estava sempre pronto a ajudar. Poeta, cantor. Simples, honesto e amigo. Tinha lá seus complexos, e talvez fosse essa a causa de seus momentos de instrospecção. Fechava-se em seu mundinho até que um dia ressurgia, novo, de novo; punha de lado seus muitos "eus" para deixar viver um único. Podia transformar-se de "calado" para "falante" e vice versa. Tímido em algumas ocasiões, em outras tinha a naturalidade e espontaneidade do mais extrovertido ser. Cativante, amável e sincero, nunca conseguia esconder seus momentos ruins, por mais que tentasse. Sabia reconhecer seus erros e seguir em frente... afinal, sempre quis a paz. Aos 23 anos, tinha muito o que aprender, mas também muito a ensinar. Assim, nunca deixou de ser importante e especial - simplesmente amado por aquilo que é.



Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.
(Antoine de Saint-Exupéry. O Pequeno Príncipe.)

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