quarta-feira, maio 09, 2007

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Então se dissiparam todas as dúvidas, e pôde fazer sem remorsos o que a razão lhe indicou como o mais decente: passou uma esponja sem lágrimas por cima da lembrança de Florentino Ariza, apagou-o por completo, e no espaço que ele ocupava em sua memória deixou que florescesse uma campina de papoulas. A única coisa que permitiu a si mesma foi um suspiro mais fundo que de costume, o último: "Pobre homem!"

(O Amor nos Tempos do Cólera. Gabriel García Márquez)

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