Onde temos razão não podem crescer flores.
Yehuda Amijai
Sensações, sorrisos, lágrimas, lembranças, momentos, detalhes, observações... palavras.
domingo, dezembro 23, 2007
segunda-feira, outubro 29, 2007
Bela, flor e poesia (flor do dia)
Renasceu a grande flor amarela;
As pétalas se espalharam pela terra.
Veio sorrateira por detrás da serra
E desbotou o anil da imensa tela.
Brotou no horizonte a flor do dia
Perfumando, com a manhã, a donzela
Que outrora de escuridão se vestia
E de brilhos se enfeitava para ser bela.
Ressuscitou no leste a flor do dia
E, da sombra da noite, salvou a donzela
Quando espalhou o alvor sobre a terra.
Enfim, a moça encontrou a companhia
Do dom de ser genuinamente bela,
Que só nasce quando a noite se encerra.
16/10/2002 – George Watson Oliveira Monteiro
[Essa é a segunda das 5 Felizes. Gostei! É alegre.]
Renasceu a grande flor amarela;
As pétalas se espalharam pela terra.
Veio sorrateira por detrás da serra
E desbotou o anil da imensa tela.
Brotou no horizonte a flor do dia
Perfumando, com a manhã, a donzela
Que outrora de escuridão se vestia
E de brilhos se enfeitava para ser bela.
Ressuscitou no leste a flor do dia
E, da sombra da noite, salvou a donzela
Quando espalhou o alvor sobre a terra.
Enfim, a moça encontrou a companhia
Do dom de ser genuinamente bela,
Que só nasce quando a noite se encerra.
16/10/2002 – George Watson Oliveira Monteiro
[Essa é a segunda das 5 Felizes. Gostei! É alegre.]
quinta-feira, outubro 04, 2007
terça-feira, setembro 25, 2007
Olhos
Meus olhos estão ardendo. Estava procurando algo no código de posturas do município, pela legislação online, e quase dormi. A situação tá crítica. Hehe.
Ah, vocês conhecem Iracemápolis? Não? Então dêem um clic e vejam a "metrópole". Rs. E não é que o Paço Municipal parece enorrrrme? :P
Meus olhos estão ardendo. Estava procurando algo no código de posturas do município, pela legislação online, e quase dormi. A situação tá crítica. Hehe.
Ah, vocês conhecem Iracemápolis? Não? Então dêem um clic e vejam a "metrópole". Rs. E não é que o Paço Municipal parece enorrrrme? :P
quarta-feira, setembro 19, 2007
Sou invisível
Sujeito entra na sala, cumprimenta um por um, dando a mão, e nem se dá ao trabalho de me olhar e fazer um cumprimento com a cabeça. Claro que ele não sabe nem o meu nome, apesar de já ter perguntado algumas vezes. É vereador, mas ainda não aprendeu a ser um "bom" político nessa questão. Vai ver é porque eu não voto na cidade. Sou invisível, mas isso não é novidade.
Sujeito entra na sala, cumprimenta um por um, dando a mão, e nem se dá ao trabalho de me olhar e fazer um cumprimento com a cabeça. Claro que ele não sabe nem o meu nome, apesar de já ter perguntado algumas vezes. É vereador, mas ainda não aprendeu a ser um "bom" político nessa questão. Vai ver é porque eu não voto na cidade. Sou invisível, mas isso não é novidade.
segunda-feira, setembro 17, 2007
sexta-feira, setembro 14, 2007
quarta-feira, setembro 12, 2007
quinta-feira, setembro 06, 2007
sexta-feira, agosto 31, 2007
terça-feira, agosto 21, 2007
terça-feira, agosto 07, 2007
sexta-feira, agosto 03, 2007
segunda-feira, julho 30, 2007
Vapor D’água
O vapor d’água se condensa,
Gotas d’água cortam o ar.
Em direção a terra tensa
Vêm generosas a regar
A desfalecida esperança
Que estava prestes a findar;
Mas agora, cheia de pujança,
Dispõe-se novamente a vingar.
Naquela outrora tensa
A chuva deixa uma herança;
As flores começam a brotar.
E o que só o amor compensa
(Minha velha esperança)
A bendita chuva vem restaurar.
George W. O. M.
...
Essa é a primeira das Cinco Felizes. Bonita, né? E olha que eu nem gosto muito de chuva. Rs.
O vapor d’água se condensa,
Gotas d’água cortam o ar.
Em direção a terra tensa
Vêm generosas a regar
A desfalecida esperança
Que estava prestes a findar;
Mas agora, cheia de pujança,
Dispõe-se novamente a vingar.
Naquela outrora tensa
A chuva deixa uma herança;
As flores começam a brotar.
E o que só o amor compensa
(Minha velha esperança)
A bendita chuva vem restaurar.
George W. O. M.
...
Essa é a primeira das Cinco Felizes. Bonita, né? E olha que eu nem gosto muito de chuva. Rs.
quarta-feira, julho 25, 2007
sexta-feira, julho 13, 2007
quarta-feira, julho 04, 2007
Olhares
Eu os vi. Estavam sentados num banco, ao ar livre. Ele a observava. E eu a via do mesmo ângulo que ele. Ela estava com os olhos fechados, a face voltada para o céu, para o sol que a banhava. Eu vi as marcas do tempo em seu rosto. Ele viu a beleza de uma mulher. Ele a viu, eu não.
quinta-feira, junho 28, 2007
Detalhes
Tá legal, eu confesso. Toda vez que coloco uma blusa preta, me lembro de você. Branca também, obviamente. Hehe. E aqueles brinquinhos. Aqueles, sabe?
:P
:P
quinta-feira, junho 21, 2007
Observações
Sou observadora. Talvez nem tanto com relação à coisas físicas. Pra algumas coisas, sou até mesmo desligada. Observo situações, fatos, palavras, atos. Observo muito bem. Pode ser que eu não repare se você mudar a cor do cabelo. Mas, se você me disser algo (que eu considere relevante) e agir de outra forma, podes crer, eu vou perceber.
Sou observadora. Talvez nem tanto com relação à coisas físicas. Pra algumas coisas, sou até mesmo desligada. Observo situações, fatos, palavras, atos. Observo muito bem. Pode ser que eu não repare se você mudar a cor do cabelo. Mas, se você me disser algo (que eu considere relevante) e agir de outra forma, podes crer, eu vou perceber.
segunda-feira, junho 18, 2007
Impressões
Tantos anos de convivência e eu me dei conta de que sabia pouco ou nada da vida da minha mãe. O que quero dizer é que ela nunca foi de contar sobre sua infância, adolescência, seus pais (adotivos), enfim, sua vida antes de se casar com meu pai. A única coisa que eu sabia é que ela tinha um radiozinho que era seu companheiro inseparável, e sabia de cor todas as músicas do Roberto Carlos. Também me lembro de ouvir algo sobre ela ter sido uma moleca, que gostava de subir em árvores.
Esses dias, porém, me lembrei de minha falecida avó, das impressões que tinha dela, e um tanto de perguntas vieram à minha mente. Minha mãe, que nunca me contou suas histórias, passou a responder minhas perguntas todas, enquanto almoçávamos. Pude ver seu olhar de tristeza. Ela não teve a sorte que eu tive. Não teve as chances que eu tive. Não teve nada do que qualquer criança merecia. No entanto, ela se transformou em uma mãe maravilhosa. Deus foi muito bom comigo.
Tantos anos de convivência e eu me dei conta de que sabia pouco ou nada da vida da minha mãe. O que quero dizer é que ela nunca foi de contar sobre sua infância, adolescência, seus pais (adotivos), enfim, sua vida antes de se casar com meu pai. A única coisa que eu sabia é que ela tinha um radiozinho que era seu companheiro inseparável, e sabia de cor todas as músicas do Roberto Carlos. Também me lembro de ouvir algo sobre ela ter sido uma moleca, que gostava de subir em árvores.
Esses dias, porém, me lembrei de minha falecida avó, das impressões que tinha dela, e um tanto de perguntas vieram à minha mente. Minha mãe, que nunca me contou suas histórias, passou a responder minhas perguntas todas, enquanto almoçávamos. Pude ver seu olhar de tristeza. Ela não teve a sorte que eu tive. Não teve as chances que eu tive. Não teve nada do que qualquer criança merecia. No entanto, ela se transformou em uma mãe maravilhosa. Deus foi muito bom comigo.
quinta-feira, junho 14, 2007
domingo, junho 10, 2007
...
Aquele canto era diferente de tudo o que eu já ouvira, e senti o cabelo eriçar-se em minha nuca, como se José me fizesse cócegas com um talo de capim. Ao virar-me para repreendê-lo, no entanto, vi que ele estava longe, sentado ao lado de nosso pai, os olhos brilhantes, fixos nas cantoras. Elas cantavam as palavras em uníssono, mas, de alguma forma, criavam uma teia de sons com suas vozes. Era como ouvir um pedaço de tecido tramado com todas as cores do arco-íris. Eu não imaginava que a voz humana fosse capaz de produzir tanta beleza. Nunca ouvira harmonia antes.
(...) Fechei os olhos. As mulheres cantavam como pássaros, só que com mais suavidade. Suas vozes soavam como o vento nas árvores, só que mais alto. Ou como o murmúrio das águas do rio, só que com significado. Então, cessaram as palavras e elas começaram a cantar emitindo sons que não faziam sentido algum mas ainda assim expressavam alegria, prazer, saudade, paz. "Lu, lu, lu", cantavam elas.
[A Tenda Vermelha - Anita Diamant]
Aquele canto era diferente de tudo o que eu já ouvira, e senti o cabelo eriçar-se em minha nuca, como se José me fizesse cócegas com um talo de capim. Ao virar-me para repreendê-lo, no entanto, vi que ele estava longe, sentado ao lado de nosso pai, os olhos brilhantes, fixos nas cantoras. Elas cantavam as palavras em uníssono, mas, de alguma forma, criavam uma teia de sons com suas vozes. Era como ouvir um pedaço de tecido tramado com todas as cores do arco-íris. Eu não imaginava que a voz humana fosse capaz de produzir tanta beleza. Nunca ouvira harmonia antes.
(...) Fechei os olhos. As mulheres cantavam como pássaros, só que com mais suavidade. Suas vozes soavam como o vento nas árvores, só que mais alto. Ou como o murmúrio das águas do rio, só que com significado. Então, cessaram as palavras e elas começaram a cantar emitindo sons que não faziam sentido algum mas ainda assim expressavam alegria, prazer, saudade, paz. "Lu, lu, lu", cantavam elas.
[A Tenda Vermelha - Anita Diamant]
quinta-feira, maio 31, 2007
Recomendações médicas
Chega a ser irônico! Todos dizem o mesmo, com relação às doenças: "Se notar alguma anormalidade, procure um médico imediatamente. Quando a doença é descoberta no início, a probabilidade de cura é muito maior."
Certo, então você liga para marcar uma consulta. "Infelizmente só temos horário para daqui a 20 dias." Ok, ok. Se for grave, em 20 dias em já morri! E onde fica o "imediatamente" da história?
:(
Chega a ser irônico! Todos dizem o mesmo, com relação às doenças: "Se notar alguma anormalidade, procure um médico imediatamente. Quando a doença é descoberta no início, a probabilidade de cura é muito maior."
Certo, então você liga para marcar uma consulta. "Infelizmente só temos horário para daqui a 20 dias." Ok, ok. Se for grave, em 20 dias em já morri! E onde fica o "imediatamente" da história?
:(
terça-feira, maio 29, 2007
quarta-feira, maio 23, 2007
Tudo o que Lava faz é intenso. Quando come, ele suspira. Quando se sente solitário, geme. Quando está cansado, deita-se e, em poucos segundos, já está roncando. Quando quer brincar, fica saltando diante de você, morde os laços de seus coturnos, não se aquieta, não pede desculpas; simplesmente usa tudo o que pode para atrair a atenção.
Mas eu não estou com vontade brincar. Fico sentado no chão e o puxo para o meu colo, onde ele rola de barriga para cima com as patas para o ar. É morno ali. E bate muito sol. Então, fico sentado, esfregando a barriguinha dele enquanto ele estica as patas para o alto, e pensando o que será dele se eu morrer. (...)
O Iraque tem nuvens incríveis. Quando a gente senta no meio do deserto e olha para cima, é como se estivesse num quadro. É bonito demais para ser verdade, por isso eu viro Lava de cabeça para cima e aponto para o céu. Ele acompanha meu gesto olhando para o branco e o azul do céu.
"Escolha sua nuvem, amiguinho. Escolha sua nuvem."
(De Bagdá, com muito amor. Jay Kopelman)
Mas eu não estou com vontade brincar. Fico sentado no chão e o puxo para o meu colo, onde ele rola de barriga para cima com as patas para o ar. É morno ali. E bate muito sol. Então, fico sentado, esfregando a barriguinha dele enquanto ele estica as patas para o alto, e pensando o que será dele se eu morrer. (...)
O Iraque tem nuvens incríveis. Quando a gente senta no meio do deserto e olha para cima, é como se estivesse num quadro. É bonito demais para ser verdade, por isso eu viro Lava de cabeça para cima e aponto para o céu. Ele acompanha meu gesto olhando para o branco e o azul do céu.
"Escolha sua nuvem, amiguinho. Escolha sua nuvem."
(De Bagdá, com muito amor. Jay Kopelman)
quarta-feira, maio 16, 2007
...
"Tio Leão XII se ocupou dos detalhes da operação como se fosse em sua própria carne. Tinha um interesse singular pelas dentaduras postiças, contraído numa de suas primeiras navegações pelo rio Madalena, e por culpa de sua dedicação maníaca ao bel canto. Numa noite de lua cheia, à altura do porto de Gamarra, apostou com um agrimensor alemão que era capaz de despertar as criaturas da selva cantando uma romança napolitana do passadiço do comandante. Por pouco não ganhou. Nas trevas do rio sentia-se o voejar das garças nos pântanos, o rabear dos jacarés, o pavor das savelhas procurando saltar em terra firme, mas na nota culminante, quando se receou que as artérias do cantor se fossem romper com a potência do canto, a dentadura postiça lhe saltou da boca com o alento final, e afundou nas águas.
"O navio teve que demorar três dias no porto de Tenerife, enquanto lhe faziam outra dentadura de emergência. Ficou perfeita. Mas na navegação de volta, tratando de explicar ao comandante como perdera a dentadura anterior, tio Leão XII aspirou a pleno pulmão o ar ardente da selva, deu a nota mais alta de que foi capaz, susteve-a até o último alento procurando espantar os jacarés deitados ao sol que contemplavam sem pestanejar a passagem do navio, e também a dentadura nova afundou na corrente. Desde então teve cópias de dentes por toda parte, em diferentes lugares da casa, na gaveta da escrivaninha, e uma em cada um dos três navios da empresa."
(O amor nos tempos do cólera. Gabriel García Márquez)
"Tio Leão XII se ocupou dos detalhes da operação como se fosse em sua própria carne. Tinha um interesse singular pelas dentaduras postiças, contraído numa de suas primeiras navegações pelo rio Madalena, e por culpa de sua dedicação maníaca ao bel canto. Numa noite de lua cheia, à altura do porto de Gamarra, apostou com um agrimensor alemão que era capaz de despertar as criaturas da selva cantando uma romança napolitana do passadiço do comandante. Por pouco não ganhou. Nas trevas do rio sentia-se o voejar das garças nos pântanos, o rabear dos jacarés, o pavor das savelhas procurando saltar em terra firme, mas na nota culminante, quando se receou que as artérias do cantor se fossem romper com a potência do canto, a dentadura postiça lhe saltou da boca com o alento final, e afundou nas águas.
"O navio teve que demorar três dias no porto de Tenerife, enquanto lhe faziam outra dentadura de emergência. Ficou perfeita. Mas na navegação de volta, tratando de explicar ao comandante como perdera a dentadura anterior, tio Leão XII aspirou a pleno pulmão o ar ardente da selva, deu a nota mais alta de que foi capaz, susteve-a até o último alento procurando espantar os jacarés deitados ao sol que contemplavam sem pestanejar a passagem do navio, e também a dentadura nova afundou na corrente. Desde então teve cópias de dentes por toda parte, em diferentes lugares da casa, na gaveta da escrivaninha, e uma em cada um dos três navios da empresa."
(O amor nos tempos do cólera. Gabriel García Márquez)
sábado, maio 12, 2007
Mas ele era um protagonista implacável da vida. Bastava o tropeço de um dúvida para que ele empurrasse o prato na mesa, dizendo: "Esta comida foi feita sem amor." Nesse sentido chegava a rasgos fantásticos de inspiração. Certa vez, mal provou uma tisana de camomila devolveu-a com uma única frase: "Esta droga está com gosto de janela". Tanto ela quanto as criadas se espantaram, pois ninguém sabia de alguém que tivesse bebido uma janela fervida, mas quando provaram a tisana procurando entender, entenderam: tinha gosto de janela.
(O amor nos tempos do cólera. Gabriel García Márquez)
(O amor nos tempos do cólera. Gabriel García Márquez)
quarta-feira, maio 09, 2007
...
Então se dissiparam todas as dúvidas, e pôde fazer sem remorsos o que a razão lhe indicou como o mais decente: passou uma esponja sem lágrimas por cima da lembrança de Florentino Ariza, apagou-o por completo, e no espaço que ele ocupava em sua memória deixou que florescesse uma campina de papoulas. A única coisa que permitiu a si mesma foi um suspiro mais fundo que de costume, o último: "Pobre homem!"
(O Amor nos Tempos do Cólera. Gabriel García Márquez)
Então se dissiparam todas as dúvidas, e pôde fazer sem remorsos o que a razão lhe indicou como o mais decente: passou uma esponja sem lágrimas por cima da lembrança de Florentino Ariza, apagou-o por completo, e no espaço que ele ocupava em sua memória deixou que florescesse uma campina de papoulas. A única coisa que permitiu a si mesma foi um suspiro mais fundo que de costume, o último: "Pobre homem!"
(O Amor nos Tempos do Cólera. Gabriel García Márquez)
terça-feira, abril 24, 2007
Cristo x Religião
Às vezes a pessoa se sujeita a situações que não passam de rituais sem vida, mesmo já tendo visto que a realidade (e quando digo realidade, me refiro à vida, à verdade) é outra, simplesmente porque é mais cômodo poder participar de um grupo social ativo. Mas lá no fundo, a vida tá secando. A religião é uma droga!
Cristo, Cristo, Cristo - a realidade de todas as coisas!
Às vezes a pessoa se sujeita a situações que não passam de rituais sem vida, mesmo já tendo visto que a realidade (e quando digo realidade, me refiro à vida, à verdade) é outra, simplesmente porque é mais cômodo poder participar de um grupo social ativo. Mas lá no fundo, a vida tá secando. A religião é uma droga!
Cristo, Cristo, Cristo - a realidade de todas as coisas!
segunda-feira, abril 09, 2007
quinta-feira, março 08, 2007
Desperdícios
Estava considerando esses dias que há pelo menos três coisas que podem ser desperdiçadas: dinheiro, tempo e sentimento. Portanto, cuide bem dos três.
Desperdício:
do Lat. disperditio
s. m.,
acto ou efeito de desperdiçar;
esbanjamento;
dissipação;
[http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx]
Estava considerando esses dias que há pelo menos três coisas que podem ser desperdiçadas: dinheiro, tempo e sentimento. Portanto, cuide bem dos três.
Desperdício:
do Lat. disperditio
s. m.,
acto ou efeito de desperdiçar;
esbanjamento;
dissipação;
[http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx]
quinta-feira, fevereiro 22, 2007
Falar x calar
Dizem que falar pouco é uma virtude. Concordo, em partes. Há ocasiões em que o silêncio é de grande valia; é melhor ficar quieto do que se precipitar e jogar palavras ao vento. Mas nunca falar também é um grande erro. Uma pessoa que fala pouco é um poço de mistérios, de difícil interpretação. Você não sabe se está agradando quando diz algo a ela, ou se deveria ficar calado na ocasião. Você não sabe se ela está bem ou não, porque ela simplesmente não diz. Ela te deixa sem saber como agir. Falar pouco, nessas horas, é um grande problema. A falta de diálogo pode criar situações irreversíveis. Ler pensamentos não faz parte dos dotes humanos.
Dizem que falar pouco é uma virtude. Concordo, em partes. Há ocasiões em que o silêncio é de grande valia; é melhor ficar quieto do que se precipitar e jogar palavras ao vento. Mas nunca falar também é um grande erro. Uma pessoa que fala pouco é um poço de mistérios, de difícil interpretação. Você não sabe se está agradando quando diz algo a ela, ou se deveria ficar calado na ocasião. Você não sabe se ela está bem ou não, porque ela simplesmente não diz. Ela te deixa sem saber como agir. Falar pouco, nessas horas, é um grande problema. A falta de diálogo pode criar situações irreversíveis. Ler pensamentos não faz parte dos dotes humanos.
quarta-feira, fevereiro 07, 2007
Conversa com o espelho
Pare com suas churumelas, pare, pare! A vida passa tão rápido, não perca o alvo. Tudo é tão tumultuado e estranho, tudo é distração. O tempo passa, corre, voa. E esse mundo tá cada vez pior. Ficando insuportável. Não vai durar muito. Por isso, olhe pra cima. Olhe, olhe! O que realmente vale a pena? Lute pelo que é eterno. Lute para entrar, para não perder a festa. O sabor da vitória é maior pra quem lutou na linha de frente. Não perca essa chance. A chance é agora! Não terá outra, não. Fim de linha chegando. É tudo ou tudo!
Pare com suas churumelas, pare, pare! A vida passa tão rápido, não perca o alvo. Tudo é tão tumultuado e estranho, tudo é distração. O tempo passa, corre, voa. E esse mundo tá cada vez pior. Ficando insuportável. Não vai durar muito. Por isso, olhe pra cima. Olhe, olhe! O que realmente vale a pena? Lute pelo que é eterno. Lute para entrar, para não perder a festa. O sabor da vitória é maior pra quem lutou na linha de frente. Não perca essa chance. A chance é agora! Não terá outra, não. Fim de linha chegando. É tudo ou tudo!
quarta-feira, janeiro 17, 2007
...
Com o passar dos anos, adotamos uma postura filosófica em relação aos estragos que se haviam tornado menos freqüentes agora que estávamos longe das pancadas de chuva diárias da Flórida. Na vida de cão, era comum as paredes terem pintura arranhada, as almofadas se abrirem e tapetes rasgarem. Como qualquer relacionamento, este tinha seu preço. E acabamos aceitando este preço em troca da alegria, diversão, proteção e companheirismo que ele nos proporcionava. Poderíamos ter comprado um pequeno iate com o que nós gastamos com nosso cachorro e tudo que ele destruiu. Mas, me pergunto: quantos iates ficam esperando junto à porta o dia inteiro até você voltar? Quantos vivem esperando a chance de subir no seu colo ou descer a colina com você em um tobogã, lambendo o seu rosto?
("Marley e Eu" - John Grogan)
Com o passar dos anos, adotamos uma postura filosófica em relação aos estragos que se haviam tornado menos freqüentes agora que estávamos longe das pancadas de chuva diárias da Flórida. Na vida de cão, era comum as paredes terem pintura arranhada, as almofadas se abrirem e tapetes rasgarem. Como qualquer relacionamento, este tinha seu preço. E acabamos aceitando este preço em troca da alegria, diversão, proteção e companheirismo que ele nos proporcionava. Poderíamos ter comprado um pequeno iate com o que nós gastamos com nosso cachorro e tudo que ele destruiu. Mas, me pergunto: quantos iates ficam esperando junto à porta o dia inteiro até você voltar? Quantos vivem esperando a chance de subir no seu colo ou descer a colina com você em um tobogã, lambendo o seu rosto?
("Marley e Eu" - John Grogan)
sexta-feira, janeiro 12, 2007
Sobre amizades e escolhas
De repente você se dá conta de que nenhuma amizade dura a vida toda. Ou, pelo menos, é muito raro acontecer. Estranho isso. A gente nunca sabe o que vem pela frente. Um dia aquele seu amigo inseparável muda-se para longe. No começo vocês trocam cartas, e-mails, torpedos, telefonemas... tudo para tentar compensar a ausência. Mas com o tempo, e com a falta dele, tudo vai escasseando e você simplesmente se acostuma, até não ter mais notícias da pessoa. Ou ela de você. Ou ambas. Nessa altura do campeonato, você já deve ter encontrado outra pessoa com quem tem afinidades e maior contato. Novos amigos chegando. Outros ficando para trás. E a vida é assim, mesmo que você não queira. Porque, quando se trata de amizade, mantê-la não é uma escolha unilateral. Quando um não quer, dois não são amigos.
De repente você se dá conta de que nenhuma amizade dura a vida toda. Ou, pelo menos, é muito raro acontecer. Estranho isso. A gente nunca sabe o que vem pela frente. Um dia aquele seu amigo inseparável muda-se para longe. No começo vocês trocam cartas, e-mails, torpedos, telefonemas... tudo para tentar compensar a ausência. Mas com o tempo, e com a falta dele, tudo vai escasseando e você simplesmente se acostuma, até não ter mais notícias da pessoa. Ou ela de você. Ou ambas. Nessa altura do campeonato, você já deve ter encontrado outra pessoa com quem tem afinidades e maior contato. Novos amigos chegando. Outros ficando para trás. E a vida é assim, mesmo que você não queira. Porque, quando se trata de amizade, mantê-la não é uma escolha unilateral. Quando um não quer, dois não são amigos.
quinta-feira, janeiro 11, 2007
...
I don’t want to run away but I can’t take it, I don’t understand
If I’m not made for you then why does my heart tell me that I am?
Is there any way that I can stay in your arms?
(If you're not the one - Daniel Bedingfield)
Essa música é tãoooo lindinha. :)
Perfeita para as cenas do filme perfeito: Pride & Prejudice.
I don’t want to run away but I can’t take it, I don’t understand
If I’m not made for you then why does my heart tell me that I am?
Is there any way that I can stay in your arms?
(If you're not the one - Daniel Bedingfield)
Essa música é tãoooo lindinha. :)
Perfeita para as cenas do filme perfeito: Pride & Prejudice.
quinta-feira, janeiro 04, 2007
Jornada
Dera início à sua peregrinação. Não sabia o que vinha pela frente. Pensava estar escolhendo corretamente, mas não fazia idéia do longo e árduo caminho a percorrer. De certo também não imaginava quantos passos seriam gastos para andar num deserto, às vezes com cisternas, às vezes com apenas miragens. Mas passos em vão. Passara pela fonte, mas não a notara. Pensava ser apenas uma como as outras, talvez com água mais límpida, mas não a única. Longa caminhada... longa caminhada. E era só o início. Seria como andar em círculos para voltar ao princípio, àquela fonte que apenas provara um pouco, às cegas? Se a jornada era-lhe necessária, assim partiu.
Quantos anos serão gastos? Não sei. Há quem saiba.
Dera início à sua peregrinação. Não sabia o que vinha pela frente. Pensava estar escolhendo corretamente, mas não fazia idéia do longo e árduo caminho a percorrer. De certo também não imaginava quantos passos seriam gastos para andar num deserto, às vezes com cisternas, às vezes com apenas miragens. Mas passos em vão. Passara pela fonte, mas não a notara. Pensava ser apenas uma como as outras, talvez com água mais límpida, mas não a única. Longa caminhada... longa caminhada. E era só o início. Seria como andar em círculos para voltar ao princípio, àquela fonte que apenas provara um pouco, às cegas? Se a jornada era-lhe necessária, assim partiu.
Quantos anos serão gastos? Não sei. Há quem saiba.
quarta-feira, janeiro 03, 2007
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